Faça chuva ou faça sol, em modo férias ou num passeio de fim de semana não há desculpa que impeça o explorador curioso de partir para a aventura.
Onde? O que visitar?
Não tem tempo para planear o percurso? Nós fazemo-lo por si!
Este artigo propõe uma rota, com duração aproximada de um dia, para descobrir cantos e recantos de Famalicão. Inclui uma proposta de percurso, em modo pedestre e não só, que proporcionará a visita a vários pontos de interesse do concelho.
É garantido que há muito a explorar no concelho de Vila Nova de Famalicão e demos o nosso melhor para fazer um resumo que reflete a notoriedade das localidades, conscientes de que não é possível incluir todos os recantos que certamente merecem destaque.
Ao leitor cabe completar esta rota com 4 ingredientes essenciais:
- Vontade de explorar;
- Curiosidade;
- Calçado confortável e
- Smartphone com GPS e acesso ao Google Maps.
Para iniciar a exploração, basta seguir a rota proposta e aceder aos links das Coordenadas, que vos identificará, no Google Maps, cada destino.
Bem-vindos ao concelho de Vila Nova de Famalicão.
Rota: Vila Nova de Famalicão – Espaços Verdes e Cultura
Para iniciar esta aventura por cantos e recantos desta cidade, sugerimos que deixem a viatura no Parque de Estacionamento do Parque da Devesa (Ver Coordenadas).
Os pontos de passagem que vos propomos para o período da manhã promovem um agradável passeio, em modo caminhada, pelos jardins, praças, ruas e ruelas desta cidade povoada desde a Idade do Ferro, num percurso circular com aproximadamente 6,2 Km.
Sugerimos que quando terminarem, continuem a vossa viagem sobre duas ou quatro rodas, pois prevê-se a realização de cerca de 69 Km. Para almoçar, propomos paragem no Santuário da Nossa Senhora do Carmo, por isso, não esqueçam o vosso farnel.
1. Parque da Devesa
Para iniciar esta viagem, propomos um agradável passeio pelo Parque da Devesa, este que era uma aspiração dos famalicenses desde a década de 60.
Situado em terrenos das antigas quintas agrícolas, envolventes à cidade, este Parque foi inaugurado em setembro de 2012.
A sua construção surge enquadrada numa operação de regeneração urbana da zona nascente da cidade. É um espaço natural atravessado pelo rio Pelhe, que integra as vertentes lúdicas, ambiental, pedagógica e cultural, destacando-se, no que se refere aos principais equipamentos, o Anfiteatro ao ar livre, a Casa do Território e os Serviços Educativos. No miradouro do Parque (Ver Coordenadas), terão vista privilegiada sobre a área de cerca de 27 hectares deste parque exótico, reflorestado com espécies autóctones e não só. Este parque conta também com um lago artificial, criado durante a intervenção de construção, a sua existência ajuda a controlar o caudal do rio e a melhorar a biodiversidade do parque.
Terminada a visita ao Parque da Devesa, sugerimos um novo destino: o Parque de Sinçães.
2. Parque de Sinçães (Ver Coordenadas)
Construído em 1992, assumiu-se na altura como o maior espaço verde da cidade. Um parque com um estilo contemporâneo onde se localizam os principais equipamentos culturais públicos da cidade: a Biblioteca Municipal e a Casa das Artes. Encontramos aqui diversos exemplares muito interessantes da flora autóctone que, no seu conjunto, formam uma mancha verde que confere a este Parque um inestimável valor ecológico e ambiental.
3. Jardins dos Paços do Concelho
De seguida sugerimos a visita aos Jardins dos Paços do Concelho, também conhecida por Praça Álvaro Marques. (Ver Coordenadas)
O primeiro jardim público de Vila Nova de Famalicão era originalmente denominado Praça do Príncipe Real, em 1886 e foi onde surgiu o primeiro edifício da Câmara Municipal e Tribunal, envolvido por um jardim romântico. Em 1961, foram inaugurados o atual edifício e jardim, num espaço com influências modernistas, com belos espaços de estadia e contemplação, junto ao busto de Camilo Castelo Branco e do espelho de água e também se destacam as magníficas árvores exóticas e os canteiros coloridos de flores da época.
4. Parque do Vinhal
Continuando pelas agradáveis paisagens de praças e jardins, sugerimos a visita ao Parque do Vinhal. (Ver Coordenadas)
Situado nas margens de um afluente do rio Pelhe, no Parque do Vinhal foi conciliada a renaturalização do ribeiro com a criação de percursos que permitem a fruição plena deste espaço.
Os percursos são pontuados por pontes de madeira e bancos que convidam ao repouso e à contemplação da natureza, observando interessantes exemplares de flora e a fauna autóctones. Os utilizadores do Parque também podem disfrutar de um parque infantil e de um campo de jogos.
5. Jardim D. Maria II
Como espaços verdes são um dos pontos fortes desta cidade, sugerimos a direção ao Jardim D. Maria II (Ver Coordenadas),situado no coração da cidade, no antigo campo da feira. Marcam este jardim a inauguração da estátua da rainha D. Maria II, em 1968, e do edifício da Fundação Cupertino Miranda, em 1972, dando assim origem a uma praça pública, palco dos mais importantes eventos culturais e lúdicos e envolvido pelas principais ruas comerciais da cidade.
Esta praça central e o Jardim D. Maria II constituem um conjunto marcante da cidade, que lhe conferem identidade e tradição.
4. Igreja de Santo António
Antes de regressarem à viatura, não poderíamos deixar de sugerir uma visita ao Santo Padroeiro da cidade, o Santo António e a sua igreja (Ver Coordenadas).
A Capela de Santo António está situada no centro de Vila Nova de Famalicão, com um edifício constituído por alvenaria à vista, destacando-se na fachada um janelão e um cornijamento em granito sobre o qual assentam duas urnas. No seu interior podem ser apreciados um altar com talha neoclássica e azulejos do século XVII.
Em honra do Santo Casamenteiro, todos os anos em Junho, vivem-se as tradições populares com uma das maiores e mais animadas romarias do país, as Festas Antoninas. Dias de animação, bons costumes e sabores inconfundíveis e, um pouco por toda a cidade, há música, bailaricos e arraiais populares.
Agora sim deixamos a sugestão de regresso à vossa viatura.
Pausa para Almoço – Santuário da Nossa Senhora do Carmo
Sugerimos agora que se desloquem ao Santuário da Nossa Senhora do Carmo (Ver Coordenadas) onde terão todo o conforto de um agradável espaço verde para o vosso piquenique, incluindo alguns grills disponíveis para uso público.
O Santuário de Nossa Senhora do Carmo, de devoção Mariana, representa um dos locais de referência do concelho pela sua importância religiosa e pela sua beleza natural e paisagística.
Depois de um almoço reconfortante, sugerimos seguir a caminho de um local muito procurado pelo lazer proporcionado e por ser uma das representações do Românico no concelho, o Mosteiro de Arnoso e a sua Praia Fluvial.
7. Mosteiro de Arnoso de Santa Eulália (Ver Coordenadas)
Este templo primitivo foi fundado no séc. VII durante a época visigótica, tendo sido parcialmente destruído pelos mouros em 1067 e novamente reconstruído entre 1042 e 1090, ainda que a data inscrita no tímpano do portal sul seja de 1156.
Erguida num pequeno adro delimitado por muros graníticos e envolvendo sepulturas medievais talhadas no mesmo material, a igreja, de planta longitudinal formada por nave e que segue a linha romântica de pouca luz, apresenta duas fechas situadas na fachada principal e traseiras.
Numa visita a este mosteiro poderá também desfrutar da encantadora praia fluvial do rio Guisande, a escassos metros do mosteiro, onde poderá inclusive usufruir do espaço para um belo piquenique.
8. Ponte da Gravateira (Ver Coordenadas)
Considerado um monumento de interesse público, trata-se de uma ponte medieval, de arquitetura românica, cuja época de construção remonta a séc. XII e XIII conhecida, até ao final do séc. XVIII, por “Ponte da Paradella”. É uma ponte de tabuleiro em cavalete, assente sobre três arcos de volta perfeita de dimensões desiguais, sendo o central de maior amplitude.
Temos o objetivo de vos mostrar outro símbolo medieval do concelho, mas não sem antes passarem pelo Museu da Indústria Têxtil e o Museu Ferroviário de Lousado.
9. Museu da Indústria Têxtil (Ver Coordenadas)
O Museu da Indústria Têxtil da Bacia do Ave, fundado em 1987, nasce do Programa de Arqueologia Industrial, com o objetivo de possibilitar um maior rigor no tratamento do processo de industrialização que marcou a região.
Atualmente desenvolve diversas atividades, tais como visitas guiadas, exposições, conservação e restauro de equipamentos e maquinaria de interesse arqueológico-industrial, entre outros, e representa uma síntese da evolução histórica da industrialização da região.
O Museu pode ser visitado de terça a sexta-feira das 10h00 às 17h30 e aos sábados e domingos das 14h30 às 17h30. A entrada é livre.
10. Museu Ferroviário de Lousado (Ver Coordenadas)
Com abertura ao público em 1979, o Núcleo Museológico de Lousado, situado no entroncamento entre a Linha do Minho e a Linha de Guimarães, trata-se de um projeto alternativo à antiga Secção Museológica.
Considerado um dos pólos de maior relevância no contexto ferroviário nacional, o edifício ocupa a totalidade do antigo complexo oficial da Companhia de Caminhos de Ferro de Guimarães, com uma área aproximada de 1400m2.
A exposição do material circulante, construído entre 1875 e 1965, está organizada cronologicamente, e tem por objetivo mostrar comboios de diversos tipos.
O Museu pode ser visitado de Terça a Sexta-feira, das 10h00 às 17h30 e ao fim de semana e feriados das 14h30 às 17h30.
11. Ponte da Lagoncinha (Ver Coordenadas)
A Ponte da Lagoncinha remonta ao período medieval, construída, provavelmente, sobre as ruínas de uma antiga ponte romana que ligava as cidades de Braga e Porto. Numa das extremidades pode encontrar-se a capela de São Lourenço e do outro uma série de alminhas.
Classificada como Monumento Nacional, a ponte apresenta o tabuleiro ligeiramente rampante, com guarda inteira e pavimento lajeado. É suportada por 6 arcos desiguais, uns de volta redonda e outros em ogiva. Reforçada por contrafortes com quebra-rios de secção quadrada e triangular, a jusante e a montante, respetivamente.
Continuando com um percurso histórico sobre o concelho sugerimos agora a visita a um outro Mosteiro.
12. Igreja de S. Tiago de Antas (Ver Coordenadas)
A igreja de S. Tiago de Antas, na sua origem, está associada a um Mosteiro pertencente à Ordem do Templo, havendo testemunhos documentais datados do séc. XI, que registam a sua pertença ao Mosteiro dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho e que entretanto desapareceu, resistindo apenas a igreja.
Apresenta uma planta simples de uma só nave e capela-mor quadrangular. O portal principal, apoiado em quatro finas colunas, tem modinatura, imposta e capitéis de expressão nitidamente gótica.
Na requalificação urbanística da zona envolvente à igreja foi descoberta uma antiga necrópole que remonta o séc. XII.
Em 2016 foi inaugurada a nova Igreja que se distingue pela modernidade e vem servir a comunidade, protegendo a igreja românica da ocupação constante e assim salvaguardando-a enquanto património histórico e cultural.
13. Casa-Museu de Camilo Castelo Branco (Ver Coordenadas)
A casa foi mandada construir em 1830 por Pinheiro Alves, primeiro marido de Ana Plácido. O escritor Camilo Castelo Branco viveu com Ana Plácido, nesta casa, cerca de 26 anos, desde 1863 até ao seu suicídio, em 1890. A primitiva casa foi destruída por um incêndio em 1915, e reconstruída em 1922 quando transformada no “Museu Camiliano”. No final da década de 1940 foi alvo de extensa intervenção de restauro e desde então muito semelhante à que fora habitada pelo romancista.
O Museu pode ser visitado de Terça a Sexta feira das 10h00 às 17h30, aos Sábados e Domingos das 10h30 às 12h30 e das 14h30 às 17h30.
14. Mosteiro de Santa Maria de Landim (Ver Coordenadas)
Além de contraditórias e escassas as informações sobre a fundação deste mosteiro, esta é atribuída ao séc. XII. À data da sua fundação o mosteiro era românico e ainda permanecem alguns vestígios, como os capitéis e as arcadas cegas na capela da igreja e alguns capitéis geminados com motivos da época. No séc. XIII, uma reforma instalou a atual abóbada e volta a sofrer profundas alterações, com influência do maneirismo, no do séc. XVI .
15. Riba de Ave e Narciso Ferreira (Ver Coordenadas)
Dirigimo-nos agora para Riba de Ave, uma das 3 vilas do concelho de Vila Nova de Famalicão.
Sugerimos uma visita à Avenida Narciso Ferreira que conta a história de um industrial que contribui de forma significativa para o desenvolvimento desta Vila. Aos 19 anos, Narciso Ferreira, foi seduzido pela industrialização, conseguindo instalar dois teares na quinta onde vivia e, aos 47 anos geria, entre sociedades comerciais e instalações fabris montadas com a colaboração dos seus filhos, cerca 12 000 trabalhadores.
Ainda em vida, Narciso Ferreira deu o seu contributo para que se começasse a fazer a vila de Riba d’Ave com a construção da Escola Narciso Ferreira, do Hospital Narciso Ferreira e do Posto da GNR, corria então o ano de 1915. Após a sua morte, foi um de seus filhos que deu continuidade à sua obra, com o desenvolvimento da Fundação Narciso Ferreira (1945), a urbanização da Avenida da Ponte (1948), o Mercado, o Teatro com lotação de 476 lugares e os Bombeiros (1950), o novo edifício das escolas primárias (1952), a estação telegráfica e telefónica (1955) e a Igreja Paroquial (1959). A maioria destes desenvolvimentos perpetuam-se até aos dias de hoje, embora alguns deles, infelizmente, estejam ao abandono.
16. Ponte de Serves (Ver Coordenadas)
Esta ponte remete à época medieval, e liga os concelhos de Vila Nova de Famalicão e de Guimarães. No séc. XVIII foi um meio de grande importância nas comunicações rodoviárias. A ponte apresenta uma estrutura pétrea de cantaria, com quatro arcos de dimensões diferentes, sendo que os pilares dos arcos centrais são reforçados por talhamares triangulares. A estrutura medieval foi profundamente alterada no séc. XX, período em que foi classificada como monumento nacional.
17. Mosteiro de Santa Maria de Oliveira (Ver Coordenadas)
Apesar de não ser o seu lugar original, este Mosteiro está instalado neste local desde 1168, designado naquela época por Mosteiro d’Oliveira. No séc. XVIII, a igreja primitiva foi destruída, erigindo-se a atual em pedra granítica. Na fachada principal pode observar-se um estilo barroco, com detalhes românicos da antiga igreja, duas torres sineiras mas uma apenas com sinos. O seu interior é constituído por quatro altares laterais em talha dourada assim como a capela-mor. Na parte exterior do Mosteiro ainda se podem ver alguns sarcófagos que eternizam a história da terra. A importância do Mosteiro para a freguesia é de tal ordem que vem representado no Brasão de Armas da mesma (uma Torre coberta e um sino).
Assim termina a nossa proposta de viagem por Vila Nova de Famalicão, mas não sem antes sugerir um delicioso jantar. E para não deixar nada ao acaso propomos que consulte o Guia de Restaurante Comer e Beber para escolher o seu local e refeição ideal.
E para finalizar o dia, propomos uma aventura de 60 minutos com um Escape Room, onde tenta a fuga de uma sala envolta de enigmas. Reserve a sua experiência aqui.
Desejamos a todos uma excelente aventura à descoberta de Vila Nova de Famalicão.